No episódio do J17 Talks, apresentado pelo J17 Bank, Gabriel Ramalho — uma das vozes mais influentes do mercado financeiro brasileiro e referência entre correspondentes bancários — compartilhou experiências, aprendizados e recomendações práticas para quem atua no setor. O conteúdo aborda temas centrais como diversificação de produtos, planejamento financeiro, a construção de caixa forte e a importância de eventos como o Corban 360 para impulsionar networking, tecnologia e novas oportunidades de negócios.
Índice
- Resumo dos temas principais
- Quem é Gabriel Ramalho e por que sua voz importa
- Diversificação: não é opção, é sobrevivência
- Caixa forte: a reserva que evita decisões forçadas
- Corban 360: de utopia a referência do setor
- Tecnologia e inovação: IA, automação e agentes digitais
- Recomendações práticas para correspondentes bancários
- Convites e próximos passos
- FAQ — Perguntas frequentes sobre os temas abordados
- Conclusão
Resumo dos temas principais
- Diversificação como questão de sobrevivência no mercado de correspondentes bancários.
- A necessidade de construir um caixa forte antes de expandir a carteira de produtos.
- Vulnerabilidades do mercado de crédito consignado dependente do INSS e mudanças regulatórias.
- O papel do Corban 360 como catalisador de networking, tecnologia e aceleração de negócios.
- Adoção de tecnologias como inteligência artificial em processos comerciais e atendimento.
Quem é Gabriel Ramalho e por que sua voz importa
Gabriel Ramalho tornou-se referência em correspondência bancária ao longo de mais de 15 anos de atuação no setor. Além de formador de opinião, ele é empresário com equipe e responsabilidades operacionais — o que confere praticidade e realismo às suas falas: não são apenas teorias, são práticas testadas em gestão de pessoas, fluxo de caixa e crescimento de negócio.
Diversificação: não é opção, é sobrevivência
Um dos pontos mais recorrentes e contundentes da conversa foi a ideia de que diversificar não é mero conselho estratégico — é condição básica de sobrevivência. Gabriel chama atenção para a armadilha perigosa de concentrar toda a operação em um único produto, especialmente quando esse produto está altamente exposto a variáveis externas como políticas públicas e mudanças regulatórias.
"Diversificar produtos, diversificar negócios, não é só questão de opção, mas questão de sobrevivência."
No contexto brasileiro, o crédito consignado ligado ao INSS é extremamente lucrativo, mas também vulnerável. Ele depende de decisões governamentais, alterações econômicas e mudanças nas regras. Quando um correspondente concentra 100% da operação nesse produto, qualquer alteração no ecossistema pode provocar impacto dramático — desde encolhimento do faturamento até fechamento da empresa.
Por que a diversificação falha quando feita de forma precipitada
- Mudar de produto sem caixa de suporte exige ritmo e escala que a empresa pode não ter.
- A transição exige investimentos em marketing, aquisição de leads e adaptação operacional.
- É preciso tempo para consolidar cultura, processos e relacionamento com novos públicos (por exemplo, servidores públicos x beneficiários do INSS).
Logo, diversificar sem planejamento pode transformar uma solução em mais dor do que alívio. O conselho prático é: diversificar por opção, não por necessidade.
Caixa forte: a reserva que evita decisões forçadas
Gabriel enfatiza a importância de construir um fundo de reserva durante os períodos de alta. Esse caixa forte dá fôlego para testar novos produtos, abrir áreas de negócio e atravessar momentos de instabilidade sem recorrer a decisões desesperadas que sacrificam a qualidade ou a sustentabilidade do negócio.
Ter um caixa robusto impacta diretamente na capacidade de inovação: permite contratar fornecedores de tecnologia, investir em capacitação e manter campanhas de marketing enquanto se ganha tração num novo produto. Em outras palavras, um fundo de reserva transforma a diversificação planejada em crescimento sustentável.
Corban 360: de utopia a referência do setor
O Corban 360 é apresentado como case de sucesso de como um projeto visionário pode se transformar em um dos maiores eventos do segmento. Em quatro anos, saiu de um público de 400 pessoas para mais de 7.000 participantes em 2025, e a previsão é superar 10.000 em 2026 no Expo São Paulo.
Por que o Corban 360 faz diferença
- Conecta correspondentes bancários do interior com grandes promotoras, provedores de tecnologia e investidores.
- Atua como um catalisador de oportunidades: bancarização, securitização, fundos, FIDIC.
- Oferece conteúdo prático com cases reais, treinamentos e networking direcionado.
Gabriel explica que o evento não é apenas sobre números ou faturamento, mas sobre criar pontes que acelerem empresas e profissionais — possibilitando que um correspondente se transforme em fintech ou lance produtos próprios por meio de parcerias encontradas no evento.
Tecnologia e inovação: IA, automação e agentes digitais
Durante a conversa, foi destacado o impacto crescente da tecnologia no processo comercial dos correspondentes. Exemplos apresentados incluem sistemas de URA, disparo automatizado de mensagens, CRMs e, mais recentemente, agentes de inteligência artificial capazes de conduzir negociações e atendimentos telefônicos com naturalidade surpreendente.
Essas ferramentas não existem para substituir o humano, mas para potencializar alcance, reduzir custos e melhorar eficiência na jornada do cliente. A adoção correta da tecnologia pode aumentar a escala de vendas e diminuir erros operacionais, gerando vantagem competitiva para quem a incorpora com estratégia.
Recomendações práticas para correspondentes bancários
Com base nas ideias discutidas, seguem ações práticas e imediatas que Gabriel e o time do J17 destacaram:
- Construa um fundo de reserva durante períodos de alta — estabeleça uma meta percentual do lucro mensal a ser destinado ao caixa.
- Mapeie produtos complementares que se alinhem com sua operação atual (ex.: além do consignado INSS, avaliar servidores estaduais, privados ou produtos de bancarização).
- Teste novos canais e tecnologias em pilots controlados antes de escalá-los.
- Use eventos como o Corban 360 para fechar parcerias e identificar fornecedores de tecnologia que acelerem sua operação.
- Tenha um plano B regulatório: simule impactos de mudanças em regras e crie cenários de resposta.
Convites e próximos passos
O episódio também serviu para reforçar o convite para acompanhar o trabalho de Gabriel nas redes e participar do Corban 360 2026, agendado para 16 e 17 de abril no Expo São Paulo. As recomendações foram claras: planejar a viagem com antecedência, garantir inscrição o quanto antes e aproveitar o networking e a estrutura do evento para transformar ideias em negócios.
FAQ — Perguntas frequentes sobre os temas abordados
O que significa diversificar no contexto de correspondentes bancários?
Diversificar é ampliar a oferta de produtos e públicos atendidos (ex.: além de beneficiários do INSS, atender servidores públicos federais, estaduais, clientes de folha privada, produtos de bancarização). A diversificação inteligente envolve análise de mercado, investimento em aquisição de leads e treinamento operacional.
Quanto deve ser o tamanho do caixa de reserva?
Não existe um número único; porém, recomenda-se estabelecer uma meta baseada em meses de operação (por exemplo, 3 a 6 meses de despesas fixas) e aumentar conforme a maturidade do negócio. O importante é ter fôlego suficiente para operar e testar novos produtos sem comprometer salários e custos fixos.
Como começar a adotar tecnologia sem comprometer o caixa?
Inicie com pilotos: selecione um processo crítico (como disparo de mensagens ou atendimento por URA) e implemente uma solução escalável em menor escala. Meça resultados e ROI antes de ampliar o investimento. Procure fornecedores dispostos a contratos escaláveis ou trial para reduzir risco inicial.
O Corban 360 é indicado para quem está começando?
Sim. O evento reúne desde correspondentes em início de jornada até grandes players e patrocinadores. Para quem está começando, é oportunidade para aprender, fazer contatos, conhecer fornecedores e entender modelos de negócios que serão úteis ao crescimento.
Como preparar a empresa para possíveis mudanças regulatórias?
Desenvolva cenários e planos de contingência: identifique dependências (produtos, carteiras), monte um plano B de produtos alternativos, e mantenha capital de giro para adaptação rápida. Contar com consultoria regulatória e participar de grupos de mercado também ajuda a antecipar movimentos.
Conclusão
O bate-papo com Gabriel Ramalho no J17 Talks trouxe um alerta claro e prático para correspondentes bancários: o mercado oferece oportunidades enormes, mas também está sujeito a variáveis externas que exigem estratégia, caixa e adaptação. Diversificar com planejamento, construir um fundo de reserva e abraçar tecnologia são passos fundamentais para quem quer não apenas sobreviver, mas prosperar.
Eventos como o Corban 360 são catalisadores essenciais nesse processo, conectando pessoas, fornecedores e ideias que podem transformar negócios. Para quem busca se desenvolver no setor, a recomendação é clara: aprenda continuamente, planeje financeiramente e use o networking como motor de crescimento.